Sites da Administração pública poderão ser obrigados a publicar editais de licitação completos

Fonte: Agência Senado – 20.05.2009

Os editais de licitação, as compras efetuadas, as situações de inexigibilidade e dispensa de licitação, os instrumentos de contrato e seus aditamentos, assim como a intimação de atos sujeitos a recurso poderão passar a ser publicados em página da Administração Pública na internet. A obrigatoriedade foi aprovada nesta quarta-feira (20) pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e será analisada ainda pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em decisão terminativa.

Para viabilizar o cumprimento da exigência, o projeto de lei (PLS 68/08), de autoria do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), faz várias alterações na lei que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública (8.666/93).

Pela proposta, deverão ser informadas todas as compras feitas pela Administração Direta e Indireta, para clarificar a identificação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação, podendo ser aglutinadas por itens as compras feitas com dispensa e inexigibilidade de licitação.

Segundo explica Demóstenes, atualmente a lei 8.666 obriga somente a publicação, na imprensa oficial e em jornais de grande circulação, dos resumos dos editais de licitação e dos instrumentos de contratos.

– Ocorre que a publicação apenas do resumo de tais documentos impede a verificação de todos os termos da licitação e dos contratos e inviabiliza a detecção de irregularidades e ilegalidades. Por sua vez, o acesso aos meios de publicação escolhidos é restrito – afirmou o autor.

Em parecer favorável ao projeto, o senador Marco Maciel (DEM-PE) afirmou que a proposta tem mérito inquestionável.

– O emprego das modernas tecnologias de informação, estendendo a participação popular na licitação e contratação de bens e serviços, torna-se, assim, imperativo para concretizar o princípio constitucional da publicidade – justificou Maciel.

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