O tempo seco e a falta de chuvas têm castigado pessoas e registrado quedas contínuas no nível das represas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo. Com a intenção de minimizar os impactos causados por essa crise hídrica, a Prefeitura de São Paulo abriu licitação para contratação de empresas especializadas na implementação de poços semi-artesianos.
Confira a matéria na íntegra abaixo e no site do G1.
Prefeitura de SP abre licitação para construção de poços artesianos
Com isso, ao ser detectada a necessidade de perfuração de um poço, a contratação poderá ser feita em 20 dias. Sem essa medida, o processo licitatório poderia durar de três a seis meses. O documento terá validade para as 32 subprefeituras.
As empresas terão até as 8h30 do dia 24 de novembro para apresentar suas propostas. O menor preço irá levar a concorrência.
De acordo com o edital, “o objetivo desta contratação é fornecer, inicialmente, para a Prefeitura de São Paulo, em cada uma de suas Subprefeituras, uma alternativa estratégica de fornecimento de água, de forma a garantir o suprimento de água mesmo em condições de estiagens, eventuais rodízios e até mesmo racionamentos”.
São quatro tipos de poços, que variam de acordo com a geografia de cada região. Segundo o edital, a expectativa de vazão para cada poço é que venha a atingir pelo menos 3 m3/h cada unidade, podendo ser bombeados num período de 18 a 20 horas por dia. Assim, “deveria haver uma produção de 1.800 m3 d’água mensal por poço”.
O consumo médio por pessoa na capital paulista era de 140,29 litros de água por dia no mês de junho, de acordo com o último balanço divulgado pela Sabesp.
A Secretaria de Coordenação de Subprefeituras, órgão responsável pela licitação, informou que o número de poços a ser construídos ainda não está definido, já que dependerá da necessidade de cada subprefeitura. Podem ser construídos mais de um poço em alguma região, assim como pode haver lugares com nenhum poço. De acordo com a pasta, foram indicados 60 possíveis lugares para a perfuração dos poços.
Restrições em Jurubatuba
A contaminação de águas subterrâneas na proximidade do aterro sanitário de Jurubatuba e do trecho contíguo do Rio Pinheiros fez com que o Departamente de Águas e Energia Elétrica (DAAE) restringisse a captação e utilização destas águas dentro de um perímetro de 10×11 km.
Com isso, as subprefeituras do Campo Limpo, Cidade Ademar e Santo Amaro estão catalogadas em baixa ou média contaminação químico/bacteriológica.
Licença para construir
Para a construção, é necessária uma licença da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e de outorga do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
O DAEE informou que o projeto de abertura de poços pela Prefeitura de São Paulo precisa, como qualquer outro, atender às exigências da chamada Licença de Perfuração de Poço. Neste caso, o departamento poderá dar a autorização se o projeto estiver adequado ao aquífero em que se pretende construir o poço.
Para obter a autorização, é necessário, em primeiro lugar, verificar se a área em questão não é declarada contaminada pela Cetesb. Após isso, é preciso solicitar ao DAEE um teste de bombeamento, e apresentar uma análise físico-química e bacteriológica da água, para atestar se ela atende aos padrões de potabilidade, sem problemas de contaminação ou restrição de usos.
23 de outubro de 201423 de outubro de 2014
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