O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), lançou na última sexta-feira, 4, o primeiro edital de concessão de rodovia no Estado que prevê preço de pedágio flexível. Em um trecho de mais de 570 quilômetros de pista, a gestão determinará que a empresa vencedora da disputa cobre mais caro por veículos circulando em horário de pico e, consequentemente, preveja desconto para os condutores trafegando em outros horários de menor fluxo. O porcentual de variação de cobrança não está previsto no edital e deverá ser definido por quem ganhar o certame, respeitando proporções a serem estabelecidas. A experiência poderá embasar o governo a difundir o modelo para outras concessões estaduais e é a primeira de um pacote planejado pela gestão nas rodovias paulistas. O edital desta sexta englobará sete rodovias e está sendo denominado de Rodovia do Centro-oeste Paulista, saindo da cidade de Florínea, na divisa com o Estado do Paraná, e seguindo até Igarapava, próximo de Minas. A concessão por um período de 30 anos prevê aplicação de R$ 3,9 bilhões a serem usados em duplicação, restauração, instalação de equipamentos e sistema de segurança em toda a extensão da rodovia. A implementação de uma rede Wi-Fi no trecho está sob avaliação. Hoje, o cálculo das tarifas de pedágio leva em conta a categoria das pistas – se têm canteiro central ou são simples, por exemplo – e o tipo de veículo. De acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que regula o setor, a quantidade de pedágios implementados nas vias garante ao usuário um pagamento “mais justo e proporcional ao trecho percorrido”. Há a expectativa ainda de que a empresa vencedora assuma os trechos hoje administrados pela Vianorte, que incluem os 131,2 quilômetros da Via Anhanguera, além de cinco outras pistas. Com isso, é esperado um novo cálculo para o pedágio nesses trechos, com redução de tarifa que poderia chegar a 19%. Notícia baseada em matéria de Marco Antônio Carvalho para o jornal O Estado de S. Paulo |
7 de novembro de 20167 de novembro de 2016
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