Fonte: Jornal DCI – 02.06.2009
SÃO PAULO – Confirmada como uma das 12 cidades escolhidas para sediar os jogos da Copa do Mundo, a capital paulista aproveita a deixa para organizar e agilizar obras do setor de transporte. Segundo o secretário estadual de Esporte, Lazer e Turismo, Claury Santos Alves da Silva, o maior desafio identificado pelo governo para adequação da cidade às exigências da Fifa é a questão da mobilidade urbana. Para superar as defasagens do setor, o governador do estado, José Serra, disse que serão investidos R$ 33 bilhões até o final de 2014 em obras como a finalização do Rodoanel, o complexo Jacu Pêssego, e a conclusão da Linha 4 -Amarela do Metrô, que terá uma estação localizada a menos de mil metros do estádio.
"O que muda é que nós vamos fazer um cronograma com todas as principais ações que o governo deve tomar para adaptar às exigências da Fifa até 2012", disse Walter Feldman, secretário de Esportes da cidade de São Paulo.
O secretário estadual de Esportes afirmou que um dos maiores avanços será a conclusão da Linha 4, com extensão de 12,8 quilômetros e 11 estações. A linha deve ser finalizada em 2012, antes da Copa das Confederações, quando a Fifa assiste aos jogos para conferir a preparação da cidade que receberá o torneio.
Só no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) serão destinados R$ 20,6 bilhões até 2010. A linha ligará o bairro da Luz à vila Sônia e uma de suas estações será São Paulo- Morumbi.
Claury disse que o transporte aéreo também merece atenção e que a construção do Terminal 3 no aeroporto de Cumbica, assim como a ampliação do Aeroporto de Viracopos, são fundamentais. Ele acredita que o movimento de turistas que utilizarão os aeroportos de São Paulo pode chegar a 8 milhões de pessoas. "Isso não está dentro da nossa responsabilidade porque é a Infraero que cuida disso. Nós temos procurado sensibilizar o governo federal e a Infraero para melhorar o congestionamento nos aeroportos, que é algo que preocupa", disse Clary, que acrescentou que o Aeroporto de Viracopos deve ser a grande alternativa de transporte viário da capital.
Feldman ressaltou como grandes avanços alguns projetos, como a urbanização da favela Paraisópolis, próxima ao Estádio do Morumbi, à qual serão destinados R$ 300 milhões para a construção de 20 mil moradias, e os investimentos na melhoria dos transportes viários.
Os investimentos na reforma do Estádio do Morumbi, escolhido para a realização dos jogos, estão estimados em R$ 180 milhões. O financiamento das reformas ficará a cargo da presidência do clube, que procura formar parcerias com empresas privadas. O secretário de esportes do município afirmou que ainda esta semana devem ser anunciadas quais empresas devem compor a "engenharia financeira" do clube.
A segurança pública, outra preocupação para a boa recepção dos turistas deve ser aprimorada até 2014. A este respeito, Claury afirmou que pela experiência na realização de grandes eventos em São Paulo, como a Fórmula 1, a cidade não deve enfrentar problemas e já possui uma boa estrutura, com 70 mil policiais.
A qualificação profissional de trabalhadores da área de turismo também está prevista nos planos do governo. "Grandes empresas hoteleiras, como as que ficam na Berrini, a Accor, Hyatt serão responsáveis pelos investimentos no na melhoria da infraestrutura hoteleira", explicou Feldman.
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